Como disse a Amanda Palmer no livro A Arte de Pedir, é muito fácil amar o que nós conhecemos pouco, difícil é amar o que conhecemos bem demais.
Copiei essa frase compartilhada em uma das newsletters da Vanessa Guedes e entrei num looping de questionamentos sobre o quanto é bom a gente se conhecer. Ouvimos falar tanto sobre narcisismo nos últimos anos que volta e meia vem o medinho: será que é bom se conhecer tanto assim?
A conclusão que eu cheguei depois dessa rápida reflexão, podcasts mil sobre o assunto e a leitura do livro da bell hooks que nos guia esse mês, Comunhão: a busca das mulheres pelo amor, é que a gente nunca se conhece demais. Mudamos tanto o tempo todo que se conhecer é uma das jornadas mais divertidas que podemos ter.
O que você acha?
~ Podcast do mês
O papo desse mês foi MUITO especial e MUITO desejado. Conversamos com Egnalda Côrtes por 4 anos para gravarmos um conteúdo juntas. 4 ANOS.
A demora não foi só por causa de agenda. Foi a vida mesmo que se atrevessou no meio e só possibilitou que a gente conseguisse conversar agora. Valeu a espera? Completamente!
Egnalda é fundadora e está CEO da Côrtes e Companhia. Especialista em negociação e gestora de carreiras, teve sua trajetória no mercado corporativo por 22 anos, 21 gerindo equipes e formando líderes e 10 em cargos executivos. Executiva de negócios por profissão, Changemaker e Matrigestora por devoção, em 2015, fundou a 1ª agência de Influenciadores negros da América Latina, a Côrtes e Cia. Em 2021 foi considerada uma das 10 profissionais em destaque no marketing pelo Meio & Mensagem e, em 2022, se tornou júri de um dos principais prêmios internacionais da indústria publicitária, o Effie Awards.
Seu pioneirismo e inovação é marco na “creators economy”, pois o processo de educação atraiu e movimentou bilhões nesse mercado. Esse feito lhe rendeu a honraria de ter sido reconhecida pela Onu Mulheres e Secretaria Internacional de São Paulo, como “uma mulher emblemática que já tem seu legado construído por ter sido pioneira no fomento econômico de influenciadores negros na indústria digital.” Em 2023, sua empresa ocupou a cadeira de empresa líder no Programa Aliança sem esteriótipos da Onu Mulheres, com o objetivo de curar, selecionar e co-criar jornadas de desenvolvimento da área de influência digital para concretude de seus propósitos.
Mas a Egnalda não é só isso tudo não. Como ela bem conta no episódio, essa é a apresentação que o mercado precisa que ela tenha para ser ouvida. Ela é muito mais <3
Você pode ouvir/ assistir ao episódio pelo Spotify ou pelo Youtube e ver um trechinho da conversa aqui:
~ Conteúdos complementares
~ Na primeira pergunta que eu fiz pra Egnalda, comentei sobre o episódio do Mamilos que ela participou junto com a Kelly Kim, criadora da Calma São Paulo e, da Barbara Soalheiro, fundadora da Mesa Company. Você pode ouvir Mulheres visionárias e empreendedorismo: fazendo sucesso juntas, aqui.
~ Um outro podcast que eu lembrei depois do papo desse mês foi o Se ela não sabe, quem sabe? Dira Paes e a liberdade de ser mulher aos 50. Esse é o novo projeto da Tati Bernardi e ele lembra muito o Wiser than me, que já recomendei muitas vezes na minha news e que deixo aqui o convite mais uma vez para você conhecer.
~ Em junho começamos os encontros presenciais do Sozinha Não em Porto Alegre e uma das participantes mais ativas da nossa comunidade, a Lisi Rizzi, compartilhou um episódio do Gostosas também choram com a gente. Nesse ep., a Lela traz uns trechinhos do mesmo livro da bell koohs que nos acompanhou nas últimas conversas. O episódio era Amar ou ser útil? e eu deixei um trechinho anotado aqui: “amor é diferente de ser útil e nós mulheres não deveriamos precisar servir para tentar conquistar e garantir o amor de outra pessoa.” 😢
~ Tem mais um conteúdo super legal da nossa comunidade que eu queria compartilhar com você. A Fê Carvalho Leite criou em 2022 um estudo sobre menopausa e envelhecimento feminino chamado “Novas mulheres: um estudo sobre maturidade e menopausa”.
O estudo foi conduzido por dois institutos de pesquisa qualitativa, a Lupa | Códigos Culturais, do qual a Fê era sócia, e a Reconvexo Pesquisa. A partir de um processo de pesquisa etnográfica, 24 mulheres de diferentes pontos do Brasil foram ouvidas e 6 delas selecionadas para participarem de um minidocumentário que compõe o resultado. Juntas, elas responderam a pergunta: o que é ser uma mulher em coexistência com a maturidade e seus ciclos?
Você pode acessar o estudo completinho nesse link aqui e assistir o mini doc aqui.
~ Espiadinha no próximo episódio
Quando a gente pensa em casamento existem inúmeros formatos possíveis na prática, mas no campo legal, costumamos pensar que só há três tipos: casamento com comunhão total, parcial e separação de bens. Pode parecer pouco romântico pensar nesses detalhes, mas percebemos como uma forma de cuidar de todos os envolvidos na relação alinharmos os combinados legalmente.
É sobre as novas opções de acordos que podemos fazer para nos proteger que vamos conversar no próximo mês :)
p.s: Se você tiver alguma pergunta relacionada ao assunto que gostaria que as nossas convidadas respondessem, pode nos enviar por aqui.